“Não julgar para não ser julgado. Esta recomendação de Jesus tem sido mal interpretada. A maioria usa para refrear opiniões a respeito de outras pessoas. Contudo, não é isso que Jesus pretende (…) Desmascarar é diferente de julgar. Desmascarar é necessário à sobreviência espiritual. Seguir um lobo é perigoso. Cair na conversa de um lobo é faltal. Lobos são letais. Julgar é estabelecer veredictos, determinar sentenças, prescrever penalidades. Julgar é prerrogativa divina. Observar e desmascarar é responsabilidade humana.”
René Kivitz
Agora me diz, o que é o certo?
Acho que entendi esse lance de “julgar”. É bem simlpes (dentro de toda complexidade possível). Ao que me parece, o Deus que conseguiu criar todo o mundo e o que nele há, resolveu deixar os seres habitantes e dominantes desse mundo viverem em paz, podendo fazer suas próprias escolhas, tomando suas próprias decisões, tirando suas vagas e flácidas conclusões.
Contudo, o que parecia ser bom para a humanidade, se tornou seu pior lamento. O Homem pensa tanto, que se esquece de sentir. Felizmente, para o bem daqueles que pensam, aquele que vê, pensa, fala e faz tudo segundo um inexplicável amor – muito maior do que o imaginado – olhou para a criação, e mais uma vez amou.
Amou aqueles que lhe viraram as costas, amou a quem jogou pedras, feriu princípios e amou a quem conseguiu corromper o prazer dado por ele.
O próprio Amor veio à Terra e virou Esperança. Assim como o “guarda-vidas” traz esperança ao que se afoga no mar, achando que sabe nadar, assim o Filho do Homem veio para fazer com aqueles que pensam saber viver sem ele.
Eu, que só conheço o pecado, fico perplexo tentando entender o que trama o coração de Deus para nós. Agora, imagina Deus – que só conhece o que é bom, vendo tudo que se passa no sujo coração humano. Com certeza eu não tenho certeza (sim) do nome do sentimento que Deus deve sentir. Assim como “saudade” só pode ser sentida no bom português, imagino que no idioma de Deus deve existir algum tipo de palavra para expressar esse sentimento.
Mas o que mais me chama a atenção é o fato de que o ser racional ainda tenta, dia após dia, evoluir. “Qualé o problema?”, você diz. O problema é que tudo que o Homem evoluiu sem a ajuda de Deus, no fim das contas contribuiu (e ainda contribui) para o regresso de toda espécie.
O evoluído quer amar, salvar, julgar e infelizmente – na maioria das vezes, quer condenar. “Ame o próximo” vem depois de “Ame o Senhor teu Deus”. Porém, mais na frente vamos ler que não podemos amar a Deus sem amar ao próximo. Curioso, né?
Quem disse isso entendia do Amor. E assim o era, entendido do Amor, justamente por não ter vergonha em assumir que de nada entendia. Se o Humano não lembrar o que significa “ser humano”, nunca entenderá essas coisas, entende?
Pra finalizar, cheguei a seguinte conclusão:
No dia que você, humano, conseguir (re)criar o mundo, oferecer esperança de vida – em abundância, seguida de um intrigante amor , que perdoa, transforma e traz sorriso à alma, aí sim você fique a vontade para falar, entender e bolar essa frase:
Pois Deus enviou seu filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê, não é condenado; mas quem não crê, já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. – João 3: 17-18
Do contrário, se você não for esse Filho, nunca julgue a humanidade pelo que ela faz. Desmascare. Ajude a reconhecer, mas não, em nenhuma circunstância julgue a humanidade.
Meu caro,
Se for pra afundar, que seja num oceano chamado “Graça“.